As estimativas de desempenho do mercado farmacêutico em geral, em 2023, são otimistas. Segundo projeções da IQVIA, multinacional que atua nos setores de tecnologia da informação em saúde e pesquisa clínica, a tendência é de crescimento de 10,5%. Os dados foram apresentados recentemente em um fórum realizado pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma).
Outro aspecto importante para o setor é o de tecnologias e tendências. Muitas devem se destacar na indústria farmacêutica no próximo ano e falaremos de algumas delas neste texto. Siga com a leitura para conhecê-las.
Inteligência Artificial
É tida como a tecnologia que mais terá impacto nas mudanças do setor farmacêutico, pois fornece melhorias de produtividade e eficiência na cadeia de valor (método que permite que as empresas organizem seus processos, observem como eles se conectam e como eles podem gerar valor ao cliente).
Na indústria farmacêutica, a inteligência artificial permite otimizar e integrar processos e também benefícios como:
- Automatização do fluxo de trabalho;
- Análises baseadas em dados seguros;
- Acompanhamento de mudanças regulatórias;
- Agilidade na análise de dados em áreas como pesquisa e desenvolvimento.
A inteligência artificial também traz benefícios que vão desde ensaios clínicos à investigação e o desenvolvimento de novos medicamentos.
Além da IA, a digitalização substitui cada vez mais os processos analógicos nas empresas farmacêuticas, ajudando no rastreio preciso de dados e de como eles são mantidos, com uma transparência que não é possível alcançar no trabalho analógico.
A digitalização, aliás, não se restringe ao setor industrial; a tendência também tem se popularizado entre os pacientes. Um exemplo: o uso dos chamados “wereables” (em tradução livre, “vestíveis”), que são dispositivos que podem ser usados direto no corpo. Já existem relógios capazes de medir constantemente a pressão arterial e de gerar relatórios sobre oscilações desta, assim como equipamentos para controle de diabetes que medem os níveis de glicemia, injetando automaticamente, com precisão, a dose necessária de insulina sempre que a taxa glicêmica está acima do nível recomendado.
Outro exemplo da digitalização: aprimorar a acessibilidade dos dados médicos dos pacientes por meio dos smartphones, hoje cada vez mais presentes na vida da população.
Supercomputação
Supercomputadores são aqueles com um desempenho extremamente alto, com velocidade de processamento bilhões (ou, às vezes, trilhões) de vezes mais alta do que os computadores comuns.
Mas o que eles têm a ver com a indústria farmacêutica? Muita coisa, na verdade. Uma iniciativa da União Europeia irá instalar 8 centros de supercomputação naquele continente. Um dos objetivos da ação é apoiar inovações voltadas para a medicina personalizada, design de medicamentos e bioengenharia.
Um supercomputador é capaz de realizar equações físicas muito complexas, que modelam os processos moleculares e as interações de um novo medicamento com os tecidos humanos. Assim, a descoberta de remédios mais eficazes é agilizada.
Sustentabilidade
O conceito tem entrado no radar das indústrias farmacêuticas junto com a transformação digital, visando maior eficiência, aceleração da produção e redução de custos nas atividades.
Uso da tecnologia em nuvem
Simplifica parcerias com outras empresas, já que a nuvem funciona como um banco de dados enorme e centralizado para todos os envolvidos no desenvolvimento de um determinado medicamento, mesmo que eles estejam em países e até continentes diferentes. É uma forma econômica, precisa e segura de alavancar análises de dados complexos que estejam ligados a ensaios clínicos.
Internet das coisas (Internet of Things, IoT)
A tecnologia atual muda rapidamente, e uma das transformações mais impactantes são as soluções IoT, em que computadores coletam dados de outras máquinas sem precisar de intervenção humana.
Itens como dataloggers (registradores de dados), por exemplo, têm sido cada vez mais usados em diversos nichos do mercado. Trata-se de um dispositivo que monitora e registra informações como temperatura, tensão ou correntes em tempo real, ao longo de um período ou determinada posição geográfica. As informações possibilitam determinar e estudar o comportamento das variáveis ao longo do tempo.
A Pharmalog é especializada em dataloggers com a função de captar dados de temperatura de medicamentos termolábeis, que são sensíveis à temperatura e devem ser refrigerados entre 2 ºC e 8 ºC. Os dataloggers funcionam captando informações offline, que são interpretadas somente quando eles são conectados a um computador, ou online, pelo tempo determinado previamente.
As soluções IoT permitem se adaptar e inovar constantemente, obtendo respostas mais rápidas e alcançando novos insights, de olho no futuro
Pharmalog desenvolve tecnologia
Ainda falando de tecnologia, recentemente a Pharmalog ganhou um edital de subvenção da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) para desenvolver algoritmos de inteligência artificial. A ideia é prever a probabilidade de mudanças nas condições climáticas ideais para medicamentos termolábeis antes mesmo de uma carga de fármacos ser despachada.
O incentivo ajudará a aprimorar mais e mais as soluções de monitoramento da Pharmalog, que unem hardware próprio e de terceiros, integrados a um software que exibe dashboard e inteligência artificial, têm baixo custo e pouco impacto no preço final dos fármacos.
O que você achou deste conteúdo? Vimos algumas das tecnologias que serão tendências no setor farmacêutico em 2023 e, muito provavelmente, nos anos seguintes, todas com o objetivo de personalizar tratamentos, melhorar a qualidade de vida de pessoas com determinadas doenças e tornar pesquisas e ensaios de medicamentos mais dinâmicos e precisos.
Até o próximo post!