O mapeamento térmico de rotas é um estudo sobre as condições térmicas e ambientais a que um medicamento fica exposto enquanto é transportado. Esse mapeamento possibilita ter ideias para assegurar que a temperatura ideal permaneça durante toda a rota cumprida pelas transportadoras.
O mapeamento ganhou ainda mais importância após a criação da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 430, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que fala das boas práticas de distribuição, armazenagem e transporte de fármacos. A seguir, falaremos dos desafios do mapeamento térmico de rotas e de seu funcionamento. Fique atento!
Diversos equipamentos são usados para o mapeamento térmico e o bom funcionamento deles precisa ser confirmado para que não haja problemas.
Como começar o processo do mapeamento térmico de rotas?
A primeira coisa a se fazer é usar dados para determinar quais são os piores cenários e fazer uma análise de risco. Há métodos diversos que podem ajudar nessa atividade, como o FMEA (Failure Mode and Effect Analysis – Análise de Modos de Falhas e Efeitos) e a Matriz de Risco.
Elas ajudam na análise da temperatura mínima e máxima da rota, assim como outras variáveis, como mudança de modais, paradas, abertura de portas etc. Dessa forma, é possível determinar quais rotas têm mais riscos, e assim os responsáveis conseguem saber qual é o pior cenário e estabelecer estratégias para enfrentá-lo, sem arriscar a confiabilidade dos itens transportados.
Como fazer uma análise eficiente da temperatura?
O transporte de fármacos termolábeis demanda um nível de controle sobre a temperatura bem maior e bem mais difícil do que o processo da armazenagem, pois é preciso levar em conta muitos fatores – exemplos: medicamentos que passam por viagens longas ou a chance de ficarem parados na estrada por períodos longos, sob o sol quente.
Assim, a melhor forma de fazer a análise da temperatura é por meio de sensores, como dataloggers, instalados dentro dos caminhões e nas caixas térmicas. É sempre bom fazer testes com os dispositivos para saber se eles estão funcionando a contento e se os dados coletados são precisos. Eles devem ser calibrados e configurados para coletar os dados de temperatura em nos intervalos regulares exigidos.
Dessa forma, fica mais fácil para o responsável definir quais equipamentos e estratégias devem ser usados para assegurar que os insumos sejam transportados sob a temperatura ideal naquele trajeto.
Na prática, como posso fazer a qualificação térmica em caminhões?
Antes de mais nada, devemos destacar que cada equipamento e caminhão têm uma estrutura própria e é essencial determinar quais são seus pontos críticos. Por essa razão, a qualificação deve ser feita nesses pontos do veículo.
Em média, no monitoramento são usados em média dois sensores, mas na qualificação esse número aumenta para 15 ou 20 sensores distribuídos pelo baú de um caminhão. Tais números podem mudar de acordo com o meio de transporte e o protocolo. Mas o importante é saber que eles precisam ser colocados nos pontos críticos que mencionamos. Alguns exemplos são:
✔ Próximo das portas
✔ Perto das paredes
✔ Próximo da entrada ou do fluxo de ar
✔ Em pontos com pouca circulação de ar
Quanto aos equipamentos, os mais recomendados são os dataloggers e sistemas conectados com a internet que ofereçam monitoramento remoto. Aparelhos como os termo-higrômetros, por exemplo, verificam somente a saída e a chegada. Como as temperaturas precisam ser medidas a cada 5 ou 10 minutos para fazer a análise da dinâmica temporal, eles não são uma boa pedida.
Vale lembrar que o mapeamento térmico pode ser feito também em baús refrigerados. No Brasil, os medicamentos termolábeis são aqueles cuja especificação de temperatura máxima é igual ou menor a 8ºC. Já os que têm especificação entre 15ºC e 25ºC são chamados de carga seca. Entretanto, qualquer medicamento que precise ser transportado em temperatura controlada, deve ter uma garantia de qualidade.
Se as cidades de onde parte a mercadoria e onde ela será entregue tiverem temperaturas semelhantes e forem próximas? É necessário mapear essa rota?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que, embora a entrega seja porta a porta, o ambiente climático é similar. Considerando um raio de 50 cidades com pouca variação climatológica, é possível estabelecer um ponto comum e colocá-lo como destino da rota.
Um exemplo: as cidades de Campinas e Indaiatuba, no interior de São Paulo, têm perfis e situações climáticas parecidas e uma viagem entre elas, em média, dura menos que 35 minutos. Em casos como este, não seria necessário mapear a rota.
Agora que você já viu como funciona o mapeamento térmico ideal em rotas de entrega de remédios que precisam ser transportados em determinada temperatura, viu que o assunto é complexo e precisa ser levado muito a sério. A Pharmalog, como especialista em dataloggers, oferece soluções de monitoramento da Pharmalog, que unem hardware próprio e de terceiros perfeitas para empresas que fazem o transporte de fármacos. Os equipamentos da Pharmalog são integrados a um software que exibe dashboard e inteligência artificial, têm baixo custo e pouco impacto no preço final dos medicamentos, mostrando-se ideais para o mapeamento de rotas críticas, em atendimento ao prazo legal da RDC 430. As soluções da Pharmalog estão presentes em todas as etapas da cadeia logística.
Até o próximo post!